Fui à festa de São Miguel (padroeiro do vilarejo de Queijas). Algo que há anos não faço, mas, desta vez, não sei bem por que razão, decidi-me a ir. Ainda assim, comodista como sou, levei o carro e estacionei-o na rua onde antigamente morávamos. Outra das razões para ir de "boguinhas" é que estava a chover e vem lá fora.
Cerca de duas horas mais tarde, com o regresso em mente, encaminho-me para o carro e oiço-te chamares-me. Fico surpreendido e também feliz por te ver por ali. Perguntaste-me o que estava ali a fazer, eu respondi sem sequer retorquir com a mesma questão, já que sempre paraste ali bem perto durante muitos anos, na sociedade recriativa, com os teus amigos. Perguntaste-me também por que nunca mais te fui visitar à tua nova casa, nem que fosse para contar novidades. Eu, sem razão aparente, fico perplexo... Nisto, deparo-me com o facto de teres a vista esquerda inflamadíssia, inchada e quase fechada. Fiquei automaticamente preocupado e, aí assim, inquiri-te como de um oficial da Gestapo se tratasse. Insisti em levar-te ao hospital. Tu, como sempre, ainda tentaste relevar a coisa, minimizá-la e, como tipicamente português, disseste a máxima: "Isto, dentro um ou dois dias, vai lá...". Independentemente das "balelas", teimei e tu acabaste por anuir perante o meu pedido. meti-te no carro, passei em casa da minha mãe para avisá-la que te ia levar às urgências da Cruz Vermelha e ela ficou chocada com o teus estado. Comentou o mau aspecto do olho e disse que estávamos a tomar a medida certa. Descemos e, já no parque de estacionamento, ouvimos a minha a mãe a gritar: "Paulo, tens de voltar a subir para levares o cartão e o guião da Médis do teu pai ou então o atendimento que lhe vão prestar será mais difícil".
Foi neste momento em que, em estado de choque, indaguei: "Estarão eles divorciados? Já não me lembrava. Não estou hbaituado à ideia". Mas não, foi quando, no meio de tamanha confusão, percebi que estava a apenas a sonhar. Digo sonhar porque seria um mesmo bom se tudo fosse verdade. Seria sinal que ainda estás entre nós, ainda que divorciado da mãe.
Eu sabia que não devia ter dormido a sesta neste Sábado. Nunca o faço! Mas está a chover tanto lá fora... Continua a chover... Lá fora e nos meus olhos... Foi tão real que incomoda. É um murro no estômago. Tanta riqueza de pormenores.
Tenho tantas saudades tuas, pai... Fazes-me tanta, tanta falta... Amo-te! ***
Cerca de duas horas mais tarde, com o regresso em mente, encaminho-me para o carro e oiço-te chamares-me. Fico surpreendido e também feliz por te ver por ali. Perguntaste-me o que estava ali a fazer, eu respondi sem sequer retorquir com a mesma questão, já que sempre paraste ali bem perto durante muitos anos, na sociedade recriativa, com os teus amigos. Perguntaste-me também por que nunca mais te fui visitar à tua nova casa, nem que fosse para contar novidades. Eu, sem razão aparente, fico perplexo... Nisto, deparo-me com o facto de teres a vista esquerda inflamadíssia, inchada e quase fechada. Fiquei automaticamente preocupado e, aí assim, inquiri-te como de um oficial da Gestapo se tratasse. Insisti em levar-te ao hospital. Tu, como sempre, ainda tentaste relevar a coisa, minimizá-la e, como tipicamente português, disseste a máxima: "Isto, dentro um ou dois dias, vai lá...". Independentemente das "balelas", teimei e tu acabaste por anuir perante o meu pedido. meti-te no carro, passei em casa da minha mãe para avisá-la que te ia levar às urgências da Cruz Vermelha e ela ficou chocada com o teus estado. Comentou o mau aspecto do olho e disse que estávamos a tomar a medida certa. Descemos e, já no parque de estacionamento, ouvimos a minha a mãe a gritar: "Paulo, tens de voltar a subir para levares o cartão e o guião da Médis do teu pai ou então o atendimento que lhe vão prestar será mais difícil".
Foi neste momento em que, em estado de choque, indaguei: "Estarão eles divorciados? Já não me lembrava. Não estou hbaituado à ideia". Mas não, foi quando, no meio de tamanha confusão, percebi que estava a apenas a sonhar. Digo sonhar porque seria um mesmo bom se tudo fosse verdade. Seria sinal que ainda estás entre nós, ainda que divorciado da mãe.
Eu sabia que não devia ter dormido a sesta neste Sábado. Nunca o faço! Mas está a chover tanto lá fora... Continua a chover... Lá fora e nos meus olhos... Foi tão real que incomoda. É um murro no estômago. Tanta riqueza de pormenores.
Tenho tantas saudades tuas, pai... Fazes-me tanta, tanta falta... Amo-te! ***
2 comments:
É por estas que por vezes até acredito que alguns que já partiram ainda querem estar entre nós, principalmente, a olhar por nós...
Bjos para ti, meu lindo
sem palavras, querido!!
É estranho, mas também tenho sonhado com ele... a rir e bem disposto, como sempre nos habituou!
beijinho doce querido!!
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